As instalações de uma indústria estão sempre sujeitas a ocorrências de quebra, algumas previsíveis sim, outras nem tanto. Existem as quebras parciais, como no caso de aparecimento de folgas, desgastes nos ativos; ou críticas, aquelas que além de paralisar a produção, oferecem assim riscos à segurança das equipes envolvidas.
As quebras causam prejuízos reais para uma produção, podendo ser um atraso nem tão comprometedor ou o descumprimento de um grande contrato, geração de muito refugo, etc. Quando a informação sobre a importância das manutenções preventiva e preditiva circula tão amplamente.
Disponibilidade operacional
A confiabilidade é a busca pelo funcionamento pleno de um equipamento, além disso nos moldes do que foi pensando quando da sua projeção ou mesmo aquisição. É a estimativa da disponibilidade operacional.
Variáveis estatísticas ajudam a traçar os perfis dos ativos, assim tornando possível a análise das falhas, além de outras métricas que se referem à vida útil dos equipamentos.
Assim sendo, outro os objetivos da utilização do cálculo de confiabilidade podem assim ser definidos, em resumo, como:
- Aplicação de conhecimentos técnicos especializados para prevenir ou reduzir a ocorrência e a frequência de falhas e assim minimizar as suas consequências;
- Identificação e correção das causas das falhas que ocorrem, independentemente dos esforços para preveni-las;
- Determinação de como lidar com as falhas ocorridas, se assim suas causas não foram determinadas;
- Aplicação de métodos para estimar a confiabilidade de novos projetos.
Desde a década de 50, técnicas cada vez mais rigorosas de registros vêm sendo adotadas nas empresas. De posse de dados gerenciais confiáveis, a origem das quebras e de outros problemas torna-se facilmente desvendável.
O controle sobre a responsabilidade do que sai do planejado pode ser da manutenção. Conhecer a natureza da falha é fundamental para que se estruture a solução mais acertada. A confiabilidade de um equipamento pode ser prejudicada, inclusive, pela cultura organizacional da empresa.
Confiabilidade dos equipamentos
Assim sendo, em vez de focar em identificar culpados, gerando assim desconfortos, deve-se aproveitar a oportunidade e examinar porque os problemas acontecem, assim porque são ou não frequentes e implementar assim procedimentos que possibilitem a eliminação das causas ou pelo menos a redução da probabilidade de reincidência.
Dentre os tantos benefícios da gestão sistemática da manutenção, pode-se assim destacar:
- Segurança melhorada: as instalações bem manutenidas tem menor probabilidade de apresentar imprevistos ou falhas muito traumáticas;
- Confiabilidade aumentada: diminui o tempo investido em consertos das instalações;
- diminui as interrupções das atividades normais de produção e aumenta o nível de confiabilidade dos serviços prestados;
- Custos de operação mais baixos: os elementos de tecnologia de processo funcionam mais eficientemente quando recebem manutenção regularmente;
- Tempo de vida dos equipamentos: cuidado regular, limpeza ou lubrificação prolongam a vida efetiva das instalações, reduzindo os pequenos problemas na operação.
Todas as melhorias de posicionamento que outro a manutenção vem apresentando ao longo dos tempos, assim faz parte da Engenharia de Manutenção que, por sua vez preconiza, dentre outras práticas, as manutenções preventiva e preditiva. A indisponibilidade de um ativo assim pode gerar consequências irreparáveis para uma organização e, do mesmo modo, em contrapartida, a confiabilidade dos equipamentos possibilita a redução de custos e o consequente aumento dos lucros.
Fonte:
(HARRISON, Alan, HARLAND, Christine, SLACK, Nigel, JOHNSTON, Robert, CHAMBERS, Stuart Administração da Produção, São Paulo, Atlas, 1996).
Hélio Mendes Menezes é graduando em Engenharia de Produção; pós-graduado em Engenharia de Produção; graduado em Gestão de Produção Industrial e Técnico em Mecânica pelo SENAI/MG.