Decidir entre trocar equipamentos ou mantê-los realizando manutenções preventivas e preditivas é um grande desafio. Embora substituir equipamentos seja uma solução rápida, muitas vezes a manutenção pode ser mais vantajosa, ajudando a evitar custos elevados e falhas inesperadas.
Porém para fazer este comparativo requer uma análise detalhada, para que nenhuma decisão seja tomada de forma errada.
Este artigo mostra que, em muitos casos, prevenir problemas pode ser mais eficaz do que simplesmente substituir os equipamentos. Entenda!
Como o desempenho do equipamento interfere na decisão de troca?
Manter o bom funcionamento dos equipamentos em uma indústria é um trabalho árduo que é feito com o auxílio de várias análises. Para saber se um equipamento está produzindo com confiabilidade e disponibilidade, você precisa de dados baseados no comportamento destes ativos. Dados estes que podem ser medidos de várias formas. Vejamos algumas:
- Monitoramento de condição: analisar a temperatura, vibração, pressão e outros comportamentos, é crucial para entender o desempenho do ativo. Com esse acompanhamento você consegue identificar falhas iminentes ou desgaste no equipamento. Alguns sensores podem até ser usados para capturar dados em tempo real e permitir a análise preditiva;
- Indicadores de manutenção: medir dados como MTBF (tempo médio entre falhas), e MTTR (tempo médio para reparo), é essencial para conhecer melhor seus equipamentos. Assim você saberá o tempo médio de resposta que eles têm tido e quanto isso tem te custado com a manutenção;
- FMEA: Análise de Modos e Efeitos de Falha, é uma técnica usada para identificar falhas potenciais em equipamentos, sistemas ou processos. Ela analisa três aspectos principais, Causa, Efeito e Modo de Falha. E ajuda a entender melhor os equipamentos, identificando a causa raiz dos problemas para a tomada de ações, evitando falhas futuras.
Mas afinal, de que forma essas informações ajudam na decisão de troca de um equipamento?
Muitas vezes achamos que a decisão mais fácil é simplesmente jogar fora o que nos está causando algum problema do que consertar. Antes de partir para a decisão de troca, temos que analisar muito bem se o equipamento em questão está causando mais prejuízo do que lucro e qual a razão de estar causando certo prejuízo, pois muitas vezes o motivo é reparável, e é aí que a manutenção entra com a solução.
Por isso, fazer a análise dos dados citados acima é tão importante. Porém, além de analisar o comportamento dos equipamentos para a tomada de decisão, é importante saber medir o ciclo de vida útil deles.
Como medir a vida útil de um equipamento?
A vida útil de um equipamento é o tempo durante o qual ele pode funcionar de forma eficaz antes de necessitar de substituição. É inevitável o desgaste natural de um ativo, até que chegue no fim de sua vida útil.
É importante fazer esta análise, para que você possa trabalhar da forma correta com as manutenções necessárias em cada fase da vida útil dos equipamentos. Mas como fazer essa medição da forma correta?
Geralmente, alguns fabricantes já fornecem essa informação na aquisição do equipamento.De modo geral o cálculo de vida útil de um ativo é feito analisando os anos x horas de uso por ano.
Porém para fazer a medição de forma correta devemos nos atentar a diversos fatores que podem influenciar no prolongamento ou até mesmo causar o fim da vida útil precoce, como por exemplo:
- Exposição climática;
- Operação sem pausas adequadas;
- Falta de manutenção, ou manutenção inadequada;
- Operação incorreta pela equipe de trabalho.
Levando em consideração estes e outros fatores você pode fazer o uso de várias técnicas para medir o tempo de vida útil dos equipamentos de forma mais assertiva. Umas das técnicas mais usadas é a curva da banheira.
Leia: Vida Útil de Equipamentos – confira algumas dicas para aumentá-la
Por que analisar a Curva da Banheira?
A curva da banheira é um conceito utilizado baseado em confiabilidade e manutenção de equipamentos para ilustrar a taxa de falhas do ativo ao longo de sua vida útil. Ela tem esse nome porque seu formato lembra o perfil de uma banheira, com três fases distintas.
- Fase Inicial: nesta primeira fase existe uma taxa de falhas causadas muitas vezes por defeitos de fabricação ou problemas de instalação. Esse período é chamado de “falhas infantis” e ocorre logo após o início do uso do equipamento.
- Fase Normal: depois da fase inicial, se feito a manutenção de forma correta, a taxa de falhas normalmente diminui e se estabiliza. Durante esta fase, as falhas normalmente são de origem do comportamento natural do equipamento. A taxa de falhas aqui é geralmente baixa e constante.
- Fase Final: conforme o equipamento envelhece, as falhas por obsolescência começam a aumentar. As falhas tornam-se mais frequentes à medida que o equipamento se aproxima do fim de sua vida útil.
Quando se reconhece cada fase dos ativos, fica mais fácil adotar técnicas e ferramentas para aumentar o ciclo de vida útil do equipamento. Cada fase vai exigir uma tomada de decisão diferente.
Na fase inicial a demanda de manutenção não é tão grande, o importante é observar o comportamento do equipamento, seguir as orientações dos fabricantes e não negligenciar qualquer sinal de falha.
Na segunda fase, faça uma programação adequada da manutenção, não deixe faltar, mas também não exagere. Utilize um software de manutenção como o Engeman® para fazer as programações corretas.
Já na última fase dê uma atenção maior, faça o uso das técnicas para analisar o comportamento do equipamento para que a manutenção seja mais assertiva possível.
E depois de todas as análises e manutenções baseadas no comportamento do equipamento, você conseguirá identificar o momento do fim da vida útil do ativo, é então neste momento que a troca valerá mais a pena do que a manutenção preventiva, mas antes disso não tome nenhuma decisão precipitada e invista em um software de manutenção para te ajudar a medir todos os dados dos equipamentos e fazer a gestão da manutenção.
Leia: Curva da Banheira: o que é, seus estágios e importância na manutenção
Como o Engeman® ajuda a medir o comportamento dos equipamentos?
Como vimos acima, a análise de comportamento de um equipamento é um dos fatores mais importantes para ajudar a decidir quando ou não devemos trocar um equipamento. Somente dessa forma você fará uma substituição assertiva.
Devemos tomar essa decisão baseada em dados concretos e confiáveis. Fazer uso de um software de manutenção que nos entregue gráficos e relatórios sobre os comportamentos dos ativos é indispensável.
O Engeman® conta com mais de 290 gráficos e relatórios não somente sobre os equipamentos, mas também sobre materiais, controle de mão de obra, custo com a manutenção etc. Mas como o objetivo aqui é falar sobre o comportamento do ativo, vamos ver alguns gráficos e relatórios sobre:
Com estes e outros relatórios que o Engeman® possui, você conseguirá elaborar uma programação de manutenção eficaz baseada no comportamento dos ativos e também saberá a hora correta de fazer a substituição dos equipamentos em sua empresa.
Conclusão
Vimos neste artigo que optar pela manutenção adequada em vez de trocar equipamentos pode ser mais vantajoso a longo prazo. A manutenção regular ajuda a aumentar a vida útil dos equipamentos, reduzir falhas inesperadas e evitar custos altos com substituições.
Assim, em muitas vezes, investir em uma boa gestão da manutenção e um software CMMS competente é a melhor escolha, pois oferece um bom equilíbrio entre custo e desempenho, garantindo menos paradas e maior confiabilidade no funcionamento dos equipamentos
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