Guia Detalhado sobre API RESTful: O que é, Desenvolvimento e Integração

Neste guia detalhado, exploraremos em profundidade os conceitos fundamentais, o desenvolvimento e a integração de APIs RESTful. Confira!

Neste guia detalhado, exploraremos em profundidade os conceitos fundamentais, o desenvolvimento e a integração de APIs RESTful. Confira!

As APIs (Application Programming Interfaces) desempenham um papel crucial na construção de aplicativos e serviços modernos, permitindo a comunicação entre diferentes sistemas e a integração de funcionalidades de terceiros. 

Entre os diversos tipos de APIs, as APIs RESTful são amplamente adotadas devido à sua simplicidade, flexibilidade e eficiência. 

Neste guia detalhado, exploraremos em profundidade os conceitos fundamentais, o desenvolvimento e a integração das APIs RESTful. Confira! 

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Tempo de Leitura: 7 minutos

O que é uma API RESTful?

Uma API RESTful, abreviação de Representational State Transfer, é um conjunto de princípios arquitetônicos que descrevem como os recursos da web podem ser expostos e acessados por meio de URLs e métodos HTTP. 

Essas APIs são usadas para permitir a comunicação entre sistemas distribuídos de maneira eficaz, seguindo princípios arquiteturais simples e padronizados.

Principais Características das APIs RESTful

  • Comunicação entre sistemas: Elas permitem que sistemas diferentes se comuniquem pela internet de forma padronizada.
  • Arquitetura simples: Seguem um modelo de arquitetura simples baseado em recursos e operações.
  • Uso do protocolo HTTP: Baseiam-se no protocolo HTTP, o que torna o desenvolvimento e o consumo mais intuitivos.
  • Stateless: São stateless, o que significa que cada solicitação contém todas as informações necessárias para entender e processar a solicitação.

Como criar uma API RESTful

O desenvolvimento de uma API RESTful segue um conjunto de práticas e diretrizes que se baseiam nos princípios REST. Vamos mergulhar mais fundo nos passos típicos para o desenvolvimento:

  • Identificação de recursos: O primeiro passo é identificar os recursos que a API irá expor. Isso envolve a identificação de objetos ou informações que os clientes da API desejam acessar ou manipular.
  • Definição de URLs: Cada recurso deve ser acessado por meio de uma URL exclusiva. Essas URLs devem ser significativas e descritivas.
  • Uso dos métodos HTTP: Os métodos HTTP (GET, POST, PUT, DELETE etc.) são usados para acessar e manipular recursos. É essencial entender as diferenças entre esses métodos e como usá-los adequadamente.
  • Representação dos recursos: Os recursos geralmente são representados em formato JSON ou XML. É crucial definir a estrutura e o formato dos dados para cada recurso.
  • HATEOAS (Hypermedia as the Engine of Application State): O uso de links (hiperlinks) em respostas permite que os clientes da API naveguem por recursos relacionados. Isso torna a API mais autoexplicativa e dinâmica.
  • Autenticação e autorização: Para proteger a API e seus recursos, é comum implementar mecanismos de autenticação e autorização. Isso pode envolver tokens de acesso, chaves de API, OAuth ou outros métodos de autenticação.

Métodos HTTP em APIs RESTful

Os métodos HTTP desempenham um papel fundamental em APIs RESTful. Vamos explorar com mais detalhes os principais métodos e suas funções:

  • GET (Obter): Este método é usado para recuperar informações de um recurso. É uma operação segura e independente, o que significa que pode ser chamada várias vezes sem alterar o estado do recurso.
  • POST (Enviar): O método POST é usado para criar um novo recurso no servidor. Cada solicitação POST cria um novo recurso com um novo URI, geralmente gerado pelo servidor.
  • PUT (Substituir): O PUT é usado para atualizar um recurso existente ou criar um recurso se ele não existir. A solicitação PUT deve conter todas as informações necessárias para recriar o recurso com base nos dados fornecidos.
  • DELETE (Excluir): O método DELETE é usado para excluir um recurso específico. Como o nome sugere, é irreversível e deve ser usado com cautela.
  • PATCH (Atualização parcial): O método PATCH é usado para aplicar modificações parciais a um recurso existente. Isso é útil quando você deseja fazer pequenas alterações em um recurso sem substituí-lo por completo.

Códigos de status HTTP

Os códigos de status HTTP, são códigos numéricos enviados pelo servidor da web como parte da resposta a uma solicitação feita por um cliente (como um navegador da web ou um aplicativo). Eles indicam o resultado da solicitação e fornecem informações sobre o sucesso, falha ou redirecionamento da ação solicitada. Os códigos de resposta HTTP são divididos em cinco classes, cada uma com seu próprio significado:

  1.       Respostas Informativas (1xx): Esses códigos são usados para fornecer informações preliminares ou informativas sobre o progresso da solicitação. Eles não são comuns na maioria das interações e podem ser ignorados na maioria dos casos. Alguns exemplos incluem:
    • 100 (Continue): Indica que o servidor recebeu a parte inicial da solicitação e está pronto para receber o restante.
  2.       Respostas de Sucesso (2xx): Esses códigos indicam que a solicitação foi recebida, entendida e aceita pelo servidor. A ação solicitada foi bem-sucedida. Alguns exemplos incluem:
    •  200 (OK): Indica que a solicitação foi bem-sucedida e o servidor está retornando os dados solicitados.
    • 201 (Created): Usado após uma solicitação POST bem-sucedida para indicar que um novo recurso foi criado.
    • 204 (No Content): Indica que a solicitação foi bem-sucedida, mas não há dados no corpo da resposta.
  3.       Respostas de Redirecionamento (3xx): Esses códigos indicam que o cliente precisa tomar uma ação adicional para completar a solicitação. O servidor está instruindo o cliente a redirecionar para outra URI. Alguns exemplos incluem:
    • 301 (Moved Permanently): Indica que o recurso solicitado foi movido permanentemente para uma nova URL. O cliente deve atualizar seus marcadores.
    • 302 (Found): Indica que o recurso foi encontrado temporariamente em uma URL diferente. O cliente deve usar a nova URL para a solicitação atual, mas pode continuar usando a URL original posteriormente.
    • 303 (See Other): Similar ao 302, mas indica que o cliente deve fazer uma solicitação GET separada para a nova URL.
  4.       Respostas de Erro do Cliente (4xx): Esses códigos indicam que a solicitação do cliente foi incorreta ou não pôde ser cumprida devido a problemas no lado do cliente. Alguns exemplos incluem:
    • 400 (Bad Request): Indica que a solicitação do cliente é inválida ou malformada.
    • 401 (Unauthorized): Indica que o cliente não forneceu credenciais de autenticação válidas ou a autenticação falhou.
    • 403 (Forbidden): Indica que o cliente não tem permissão para acessar o recurso solicitado.
  5.       Respostas de Erro do Servidor (5xx): Esses códigos indicam que o servidor encontrou um erro ou uma dificuldade ao processar a solicitação do cliente. Isso geralmente indica um problema do lado do servidor. Alguns exemplos incluem:
    • 500 (Internal Server Error): Indica um erro genérico do servidor que não pode ser classificado em nenhuma categoria específica.
    •  502 (Bad Gateway): Indica que o servidor atuou como um gateway ou proxy e recebeu uma resposta inválida do servidor upstream.
    • 503 (Service Unavailable): Indica que o servidor não está disponível para processar a solicitação. Isso pode ser devido à sobrecarga ou manutenção temporária.

É importante que desenvolvedores e administradores de sistemas compreendam os códigos de resposta HTTP para solucionar problemas, depurar solicitações e garantir que os aplicativos e serviços web funcionem corretamente. O conhecimento dos códigos de status HTTP permite uma melhor compreensão das interações entre clientes e servidores da web e é fundamental para o desenvolvimento e operação de sistemas baseados na web.

XML vs. JSON

XML (Extensible Markup Language) e JSON (JavaScript Object Notation) são dois formatos de dados amplamente usados para representar informações estruturadas em texto legível por humanos e máquinas. Vamos analisar em detalhes as diferenças entre eles:

  • Sintaxe: XML usa tags para marcar elementos e atributos que descrevem a estrutura dos dados. É um formato mais verboso e estruturado. Por outro lado, JSON usa uma sintaxe mais concisa e leve, consistindo em pares chave-valor e arrays aninhados.
  • Facilidade de leitura: XML é mais verboso e pode ser menos legível devido à necessidade de abrir e fechar tags. No entanto, é estruturado e permite descrições detalhadas da estrutura de dados. JSON é mais conciso e geralmente mais fácil de ler e escrever devido à sua simplicidade.
  • Tipagem de dados: XML não possui uma tipagem de dados específica. Os dados podem ser representados como texto, números, datas e outros tipos. JSON suporta tipos de dados simples, como números, strings, booleanos, objetos e arrays, tornando-o mais adequado para representar dados estruturados.

Autenticação em APIs RESTful

A autenticação em APIs RESTful é fundamental para garantir a segurança dos recursos e dados expostos pela API. Vamos explorar as diversas formas de autenticação com mais detalhes:

  • Autenticação por chave de API (API Key): Nesse método, o cliente faz uma solicitação à API incluindo uma chave de API válida no cabeçalho da requisição ou como um parâmetro na URL. A API verifica a chave para determinar se o acesso é permitido.
  • Autenticação por token de acesso (Bearer Token): Essa abordagem é frequentemente usada em cenários de autenticação OAuth 2.0. O cliente obtém um token de acesso válido após a autenticação e o envia nas solicitações à API. O token pode ser usado por um período limitado.
  • Autenticação por usuário e senha: O cliente envia credenciais de usuário (nome de usuário e senha) nas solicitações à API. A API verifica as credenciais e, se válidas, concede acesso.
  • Autenticação por meio de cookies ou sessões: A autenticação por meio de cookies ou sessões é comum em aplicativos web. Após o login bem-sucedido, um cookie de sessão é criado e enviado automaticamente nas solicitações subsequentes. A API verifica a sessão para determinar se o cliente tem permissão para acessar os recursos.
  • Autenticação por meio de cabeçalhos de autorização (Bearer Token): Esse método é frequentemente usado com tokens de acesso OAuth 2.0. O cliente inclui o token no cabeçalho de autorização, geralmente no formato “Bearer <token>”. A API verifica o token para conceder ou negar o acesso.
  • Autenticação por certificado digital: Nesse método, o cliente apresenta um certificado digital válido na solicitação. O servidor verifica a autenticidade do certificado para autorizar o acesso.

Uso de APIs RESTful em Sistemas de BI

Além dos conceitos essenciais das APIs RESTful, é importante destacar que essas APIs desempenham um papel significativo em sistemas de Business Intelligence (BI) como o Power BI. Elas não apenas permitem a comunicação e integração de dados, mas também capacitam análises de dados avançadas. Além disso, em contextos específicos, outras ferramentas de software, como o Engeman®, também disponibilizam APIs RESTful para consumir dados do seu banco de dados.

Ao explorar a integração de APIs RESTful em sistemas de BI, como o Power BI e sistemas de manutenção como o Engeman®, você pode obter insights valiosos a partir de uma variedade de fontes de dados externas. Isso possibilita uma análise de dados eficiente, a geração de relatórios de BI e a manutenção eficaz de ativos em organizações.

Elas permitem:

  • Acesso a dados externos para análise;
  • Transformação e preparação de dados;
  • Agendamento e automação de atualizações;
  • Segurança e autenticação de dados;
  • Integração de diversas fontes de dados.

Em resumo, as APIs RESTful desempenham um papel crucial na comunicação e integração de sistemas, sendo essenciais para o desenvolvimento de aplicativos modernos, análise de dados em sistemas de BI e otimização de processos, como a manutenção de ativos. 

Conclusão

Ao compreender os princípios e práticas relacionados a APIs RESTful, você pode aproveitar ao máximo essa tecnologia para atender às necessidades do seu projeto, independentemente do setor em que ele se insere.

O Engeman® possui uma API RESTful que permite a extração de dados do sistema para utilização em ferramentas de BI e afins. Para conhecer mais a fundo o funcionamento, acesse o whitepaper APIs RESTful: passo a passo para consumir a Engeman® Data API  ou fale com nossos analistas.

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