Depreciação de máquinas e equipamentos: o que é e como calcular

Neste artigo, vamos explorar a relação entre depreciação, manutenção e como realizar o cálculo de depreciação das suas máquinas e equipamentos. Confira!

A depreciação de máquinas e equipamentos é a forma de medir a perda de valor que os ativos passam durante sua vida útil.

É fato que todos os ativos perdem o seu valor com o passar do tempo. A esta perda damos o nome de depreciação, e acontece também no setor da manutenção. Você sabia que a depreciação de máquinas e equipamentos desempenha um papel significativo na gestão da manutenção industrial?  

Entender como a depreciação afeta a manutenção é crucial para otimizar a eficiência operacional, planejar estratégias de manutenção e garantir o uso eficaz dos ativos da empresa. Além dos benefícios para a manutenção, acompanhar a depreciação dos ativos é uma importante prática que envolve aspectos financeiros e inclusive responsabilidades com a Receita Federal.  

Neste artigo, vamos explorar a relação entre depreciação, manutenção e como realizar o cálculo de depreciação das suas máquinas e equipamentos. Portanto, continue conosco e entenda tudo sobre o assunto!

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Tempo de Leitura: 5 minutos

O que é depreciação de máquinas e equipamentos?

A depreciação de máquinas e equipamentos é a forma de medir a perda de valor que os ativos passam durante sua vida útil. A depreciação desses ativos pode acontecer devido ao desgaste pelo tempo de uso, obsolescência pelo surgimento de equipamentos mais tecnológicos ou causado pela falta de manutenção. 

Máquinas e equipamentos, sendo ativos tangíveis de grande valor, são suscetíveis à depreciação. Seu conhecimento e controle é importante para determinar a saúde financeira de qualquer empresa, o lucro líquido e o planejamento eficaz de investimentos futuros.

O setor contábil registra a depreciação de máquinas, pois o seu valor deve ser incluído no imposto de renda. A Receita Federal disponibiliza a vida útil e taxa anual de depreciação de máquinas, equipamentos e outros bens para que o cálculo seja feito pelo setor financeiro e declarado. 

Qual a taxa de depreciação de máquinas e equipamentos?

A taxa de depreciação de máquinas e equipamentos pode variar dependendo de vários fatores, incluindo o tipo de ativo, sua vida útil estimada e o método de depreciação utilizado. Porém há uma taxa de depreciação anual para máquinas e equipamentos que são estabelecidos pela Receita Federal, contidos na IN RFB nº 1700, de 14 de março de 2017

Essa Instrução Normativa  regulamenta os cálculos de despesas de depreciação, manutenção, reparo, amortização, etc. dos bens móveis. No seu anexo III, ela apresenta as Taxas anuais de depreciação e o prazo de vida útil de alguns ativos em anos. A seguir veja alguns exemplos mais relevantes para o setor da manutenção:

Bens

Prazo de vida útil (anos)

Taxa anual de depreciação

INSTALAÇÕES

10

10%

EDIFICAÇÕES

25

4%

CALDEIRAS 

10

10%

MÁQUINAS E APARELHOS DE AR-CONDICIONADO 

10

10%

EMPILHADEIRAS; OUTROS VEÍCULOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA E SEMELHANTES, EQUIPADOS COM DISPOSITIVOS DE ELEVAÇÃO

10

10%

TEARES PARA TECIDOS

10

10%

MÁQUINAS-FERRAMENTAS (INCLUÍDAS AS UNIDADES COM CABEÇA DESLIZANTE) PARA FURAR, MANDRILAR, FRESAR OU ROSCAR INTERIOR E EXTERIORMENTE METAIS

10

10%

MOTORES E GERADORES, ELÉTRICOS, EXCETO OS GRUPOS ELETROGÊNEOS

10

10%

TRATORES 

4

25%

VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA TRANSPORTE DE 10 PESSOAS OU MAIS, INCLUINDO O MOTORISTA E 

4

25%

VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA TRANSPORTE DE MERCADORIAS

4

25%

Para acessar a lista do prazo de vida útil e taxa anual de depreciação de outros ativos,  acesse a RFB Nº 1700 completa!

Qual a importância da depreciação na manutenção?

A depreciação na manutenção é de extrema importância pois ela deve ser considerada no momento dos investimentos. Portanto, entendê-la é importante para:  

  • Planejamento de Manutenção: A depreciação de máquinas e equipamentos influencia diretamente a frequência e o tipo de manutenção necessários. À medida que os ativos se depreciam, podem ser necessárias mais intervenções de manutenção para garantir seu desempenho adequado.
  • Orçamento e Custos: Compreender a depreciação é essencial para o planejamento orçamentário da manutenção. Os custos de manutenção devem ser considerados juntamente com a depreciação dos ativos para garantir a viabilidade financeira a longo prazo.
  • Reposição de máquinas e equipamentos: A depreciação também influencia as decisões de reposição de máquinas e equipamentos. Ao calcular a depreciação, as empresas podem determinar o momento ideal para substituir equipamentos antigos por novos, considerando o custo da manutenção em relação ao valor residual dos ativos.

Métodos de depreciação na manutenção

Existem vários métodos para calcular a depreciação de máquinas e equipamentos na manutenção, cada um com suas próprias vantagens e aplicações:

  • Depreciação Linear: Este método distribui uniformemente o custo do ativo ao longo de sua vida útil. Na manutenção, a depreciação linear pode ser útil para estimar os custos anuais de manutenção. 
  • Depreciação por Unidade de Produção: Este método baseia-se na produção real do ativo. Na manutenção, pode ser útil calcular a depreciação por unidade de produção para determinar o custo de manutenção por unidade produzida.
  • Depreciação Acelerada: Este método atribui uma taxa de depreciação mais alta nos primeiros anos de vida do ativo e menor com o passar dos anos. Na manutenção, pode ser útil para prever os custos de manutenção mais altos associados aos primeiros anos de operação do equipamento.

Como calcular a depreciação de máquinas e equipamentos?

Como vimos no tópico anterior, existem diferentes métodos de depreciação e cada negócio vai trabalhar com aquela taxa que é mais adequada ao seu ramo de atividade e bens. Porém, na manutenção, é comum utilizar o cálculo de depreciação linear

Para o cálculo de depreciação anual, utilize a seguinte fórmula:

formula depreciacao linear manutencao - Depreciação de máquinas e equipamentos: o que é e como calcular

Onde:

  • Valor inicial: corresponde ao custo inicial do ativo, ou seja, valor de aquisição;
  • Valor residual: corresponde ao valor do ativo no fim da sua vida útil ou o seu valor de mercado no  momento do cálculo. 
  • Vida útil: é o número de anos em que um ativo funcionou e deverá ainda funcionar (tempo de vida estimado). 

Vamos a um exemplo hipotético: Suponhamos que uma empresa tenha comprado uma máquina por R$50.000,00 com um valor residual de R$ 5.000,00 e uma vida útil estimada de 10 anos. Usando o método da depreciação linear, a depreciação anual seria:

depreciacao exemplo - Depreciação de máquinas e equipamentos: o que é e como calcular

A depreciação anual do equipamento em questão é de R$ 4.500,00.

Ao utilizar a depreciação linear na manutenção, é possível estimar o custo de um ativo e projetar a sua depreciação. No momento de decidir entre o reparo ou substituição do ativo, a tomada de decisão poderá ser feita com mais informação. Se determinado ativo tem uma depreciação baixa, provavelmente será mais viável repará-lo. 

Quando uma máquina ou equipamento tem uma depreciação mais lenta, é mais fácil justificar grandes investimentos. 

 

Problemas enfrentados na gestão da depreciação de máquinas

A gestão da depreciação de máquinas na manutenção apresenta uma série de desafios que as empresas precisam enfrentar para garantir uma operação eficiente e econômica. Alguns dos principais desafios podem incluir:

  • Determinação da vida útil real: determinar a vida útil das máquinas e equipamentos muitas vezes depende de estimativas e suposições. No entanto, a vida útil real pode variar devido a fatores como condições de operação, manutenção adequada e avanços tecnológicos. Gerenciar e ajustar essas estimativas ao longo do tempo é essencial para uma gestão eficaz da depreciação.
  • Cálculo preciso da depreciação: Determinar o valor correto da depreciação de cada máquina ao longo do tempo pode ser complexo, especialmente considerando fatores como vida útil estimada, valor residual e métodos de depreciação. Erros no cálculo podem levar a estimativas imprecisas dos custos totais de propriedade e afetar a precisão das previsões orçamentárias.
  • Identificação de ativos obsoletos: À medida que a tecnologia avança, máquinas mais antigas podem se tornar obsoletas mais rapidamente. Identificar e avaliar o impacto desses ativos obsoletos na depreciação e nas operações de manutenção é crucial para evitar custos desnecessários e garantir a eficiência dos processos produtivos.
  • Planejamento de reposição de ativos: Determinar o momento ideal para substituir máquinas antigas por novas é um desafio importante na gestão da depreciação. Isso envolve equilibrar os custos de manutenção e operação com o valor residual dos ativos, além de considerar fatores como avanços tecnológicos, requisitos de produção e impacto ambiental.
  • Integração com sistemas de manutenção: a gestão da depreciação deve ser integrada aos sistemas de manutenção da empresa para garantir uma visão abrangente dos custos operacionais. Isso pode incluir a criação de registros assertivos de históricos de manutenção, monitoramento de indicadores de desempenho e análise de dados para identificar tendências e padrões de falhas.

Conclusão

A depreciação de máquinas e equipamentos é muito importante para a contabilidade e gestão financeira de uma empresa. Entender os conceitos e métodos de depreciação é essencial para uma avaliação precisa dos ativos, a determinação do lucro líquido e o planejamento eficaz de investimentos futuros. 

Ao aplicar os métodos adequados de depreciação, as empresas podem otimizar sua eficiência operacional e tomar decisões informadas sobre seus ativos.

O controle correto dos custos dos equipamentos, como valor de compra e custos de manutenção (valor residual) são variáveis indispensáveis para o cálculo da depreciação. 

Portanto, ter bons controles das ordens de serviços da manutenção bem como os custos atrelados a ela podem ser um bom parâmetro para chegar ao valor residual no cálculo da depreciação. 

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