Gestão da inovação: conheça sua aplicação na indústria

A gestão da inovação é o processo de sistematizar e otimizar as práticas inovadoras de uma organização. Entenda o impacto no mercado atual. Confira!

A inovação deixou de ser um assunto de interesse exclusivo dos profissionais de TI e entusiastas da tecnologia. A transformação digital representa um momento no qual as ideias disruptivas se tornam diferenciais competitivos, abrindo espaço no mercado para quem atua com criatividade. Foi nesse contexto que se deu a ascensão da gestão da inovação.

Trata-se de um tema cada vez mais discutido e que, ainda assim, está rodeado de dúvidas. Afinal, o que é gestão da inovação? Qual é sua relação com a indústria? Quais tecnologias inovadoras estão se destacando? Como essas questões se relacionam com a gestão da manutenção?

Responderemos a essas e outras perguntas neste post, mostrando tudo o que você precisa saber sobre o conceito e seu impacto no mercado atual. Confira!

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Gestão da inovação: o que é?

A gestão da inovação (innovation management) é o processo de sistematizar e otimizar as práticas inovadoras de uma organização. Nesse sentido, ela difere da inovação pura e simples devido ao fato de propor o gerenciamento dessas atividades. Em outras palavras, não basta criar soluções, ferramentas e métodos: é preciso que esse ato seja planejado e contínuo.

Em tempos de evolução acelerada da tecnologia, isso significa assumir a inovação como uma ferramenta estratégica da empresa. Afinal, o mercado se abre cada vez mais não só para quem oferece, mas também para quem cria produtos e serviços diferenciados.

Naturalmente, é preciso aperfeiçoar aquilo que já existe, otimizando o pensamento crítico e as habilidades de solucionar problemas. A indústria, por sua vez, é um palco importante para colocar essa ideia em prática.

Qual é sua aplicação na indústria?

Por mais que o conceito de gestão da inovação pareça, à primeira vista, muito mais próximo dos campos da ciência e da tecnologia, ele desempenha um grande papel na indústria. O motivo é simples: muito além da transformação digital, vivemos na era da necessidade de atender às novas demandas do consumidor.

A nova geração de clientes não quer apenas qualidade e preço baixo. É preciso oferecer produtos e serviços personalizados, com uma experiência única e atendimento mais humanizado (mesmo após a finalização da venda).

Somado a isso, a indústria passa por um momento de concorrência acirrada. São fatores que tornam essencial a busca pela inovação, pois ela é um mecanismo poderoso para gerar diferenciais e agregar valor aos negócios.

A cadeia de suprimentos (supply chain) é um bom exemplo disso. Trata-se de um processo que integra a maioria das atividades da empresa. Consequentemente, os impactos que recebe da inovação causam reflexos na performance de todos os outros setores.

Trabalhar de forma disruptiva se tornou, então, um objetivo almejado por todos.

Quais são as tecnologias disruptivas?

Uma tecnologia ou ideia disruptiva é aquela que promove uma inovação que causa uma ruptura com os padrões atuais — seja por meio de um produto, seja por meio de um serviço. Em um momento de intensa competitividade, isso significa transformar algo no mercado, colocando-se à frente da concorrência e, consequentemente, tornando-se referência naquela atividade.

Nesse sentido, é preciso ter em mente que a inovação disruptiva pode ser radical ou incremental. Isso significa que a quebra do modelo antigo pode ou não ser imediata. Logo, o potencial de algumas ferramentas já disponíveis pode ainda não ter sido totalmente aproveitado.

Pensando em tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) e a computação em nuvem (cloud computing), por exemplo, podemos notar que ambas vêm se espalhando gradativamente pelo mercado.

No primeiro caso, o potencial para automatização de processos é um grande destaque, principalmente na indústria. No segundo, a redução de custos e o fortalecimento da infraestrutura de TI são dois diferenciais importantes.

O ponto é que compreender de que forma essas tecnologias dialogam com a indústria exige lidar com duas questões. A primeira é que investir nessas ferramentas é essencial, principalmente quando a concorrência já está fazendo isso. Por mais que a disrupção às vezes não seja radical, a demora para se adaptar pode matar as chances de sobrevivência de uma empresa.

A segunda questão é que inovar não significa apenas adotar novas tecnologias. Muitas vezes, o segredo está em como elas são utilizadas. Em vez de focar apenas no uso já prescrito de uma tecnologia, vale a pena investir nas suas próprias ideias, buscando ir além na disrupção.

Dilema da inovação

Sobre como isso pode ser visualizado no mercado das grandes empresas, o Professor Doutor Clayton M. Christensen, de Harvard, destaca quatro pontos em seu livro “O Dilema da Inovação — Quando as Novas Tecnologias Levam Empresas ao Fracasso”. Podemos resumi-los da seguinte forma:

  • empresas que se desenvolvem focando exclusivamente nas demandas dos clientes matam seu potencial disruptivo;
  • ignorar os pequenos mercados impede que grandes empresas identifiquem as inovações com potencial para criar mercados;
  • mercados menores acabam sendo ignorados pela análise de sucesso de uma iniciativa;
  • o fornecimento de tecnologia, em geral, não é disruptivo, visto que busca atender às demandas já estabelecidas.

São fatores que reafirmam a necessidade de trabalhar em torno do desenvolvimento das próprias ideias para que sua organização gere propostas inovadoras — e não apenas tente aderir a elas.

Qual é a relação entre gestão da inovação e gestão da manutenção?

A manutenção tem um impacto gigantesco no desempenho da indústria e, ainda assim, continua sendo um terreno aberto para a exploração de métodos inovadores. Tendo em vista a forma como a disrupção acontece em qualquer setor, isso significa que as oportunidades existem, mas seguem fora do escopo das grandes empresas.

A popularização da IoT e da Inteligência Artificial (IA) tem gerado bons frutos no setor. Já é possível, por exemplo, implantar sensores nas máquinas para coletar dados em tempo real e processar essa informação para identificar anomalias que indiquem possíveis falhas. Esse modelo coloca a manutenção preditiva em evolução, transformando-a em um novo modelo: a manutenção prescritiva.

Dicas para Inovar no Setor

Ainda assim, o potencial para inovar no setor é enorme. A engenharia de processos de algumas empresas já vem pensando em formas de realizar trabalhos antigos com mais eficiência.

As dicas de Clayton Christensen para lidar com esse desafio envolvem:

  • criar equipes enxutas com foco na inovação, para que os pequenos ganhos sejam valorizados;
  • não contar com os resultados, pois o momento da disrupção não é 100% previsível;
  • estar preparado para o fracasso e lidar com eles como forma de aprendizado;
  • não tratar a disrupção como responsabilidade total da sua empresa, mas como um possível diferencial.

Resumidamente, podemos destacar a importância de investir em inovação e buscar a disrupção, mas sem arriscar todo o sucesso do negócio em cima disso. Com investimento e trabalho contínuo, é possível alcançar ótimos resultados, tanto na manutenção quanto em outros setores.

A gestão da inovação traz consigo outros benefícios, como o fortalecimento de uma cultura inovadora, melhorias de comunicação, otimização de processos em geral e redução de custos. Por isso, transforme esse tema em realidade na sua empresa. Os frutos colhidos, como você viu aqui, certamente serão valiosos!

Se quiser saber mais sobre o tema, veja também nosso post sobre a informatização da manutenção. Boa leitura!

 

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